quinta-feira, 7 de julho de 2011

Desapegar é fundamental

Dois monges budistas viajavam juntos, quando chegaram às margens de um rio que transbordara por causa de uma enchente recente. À margem estava uma linda jovem vestida em roupas finas. Ela desejava, obviamente, atravessar o rio, mas estava aflita com a perspectiva de estragar a elegância.

Sem hesitar, um dos monges ofereceu-se para carregar a jovem nas costas através do rio e a colocou em terra seca, do outro lado. Em seguida, os dois monges seguiram viagem, mas o outro monge começou a se queixar:

- Não é correto tocar numa mulher, principalmente numa tão jovem e adorável. Experimentar contato íntimo é contra nossos preceitos. Como pode violar as regras dos monges?

O monge que carregara a mulher caminhou em silêncio por alguns minutos, antes de dar uma resposta.

Finalmente falou: - Eu a deixei perto do rio, mas você ainda a está carregando
.

Reflita sobre essa breve história, limpe a sua mente, seu emocional e sua vida de tudo que estiver constituindo um fardo que impeça a sua felicidade, a sua progressão e evolução. Desapegue-se de todo esse lixo mental, pois pra voar mais alto você precisa estar leve; bem leve.

Texto retirado de Simples coisas da vida
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Estou precisando me desapegar de muitas coisas que insistem em criar morada em minha vida!

Até a próxima! =)

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Eu sinto falta


Eu sinto falta, falta do romance
Da alegria em encontrar a pessoa amada
Do medo em se declarar
Da satisfação em ser correspondido

Eu sinto falta, falta da paquera
Dos olhos se procurando
Dos sorrisos trocados
Do querer mas "ainda não"...

Eu sinto falta, falta do sentimentalismo
Dos corações totalmente abertos
Das declarações em público
Das trocas de carícias

Eu sinto falta, falta do carinho
De andar de mãos dadas
De ligar à meia noite pra desejar "boa noite"
Do aconchego de um abraço

Eu sinto falta, falta do calor
De meus braços te aquecendo
De ouvir nossos corações em sintonia
De acreditar que somos feitos um para o outro

Eu sinto falta, falta do amor
Das juras e promessas para toda vida
Do cuidado e atenção dada ao outro
De ouvir todos os dias "Eu te amo".

E, se realmente isso faz falta,
é porque nunca deixou de existir!

by Hugo Marciano ;o)

Férias

Férias, uma época tão aguardada e esperada por todo vagabundo estudante. Esse momento em que você esquece que existe despertador e passa a manhã toda na cama, a tarde toda tentando escolher qual filme irá assistir e a noite na Internet batendo papo com os outros vagabundos colegas de sala.

Bem, eu estou nesta fase. O mês todo de julho! E o que fiz hoje? Simples.

Há tempos sentia que a embrenhagem do carro não estava me atendendo muito bem, então decidi levá-lo, finalmente, em uma oficina mecânica para averiguação.

Bem, não foi bem essa moça que me atendeu, mas o atendimento foi considerado satisfatório.

Depois, para esquecer a facada que iria levar do mecânico, resolvi passar o resto da tarde assistindo seriados e filmes. Os escolhidos foram Supernatural - sexta temporada e The 40 Year-old Virgin - O Virgem de 40 anos (2005).



Este foi o primeiro dia de férias! O que será que farei amanhã? Provavelmente acordarei pouco antes do meio dia, assistirei mais alguns filmes durante a tarde e talvez eu tire a noite para passear um pouco com os amigos!

Até a próxima! ;o)

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Horário de Verão

Caros amigos,

Gostaria de informá-los que além do Governo Federal ter "deixado de gastar" quase R$4 bilhões durante o horário de verão, ele também devolveu a hora de vida que havia te tomado no dia 19 de outubro de 2008.

E quem disse que não fazia nada para ajudar o Governo no horário de verão, estava enganado, você emprestou uma hora de sua vida para ele, amigo. Fique feliz em recebê-la hoje, afinal, nem todos conseguiram esse feito.

Um minuto de silêncio a todas as pessoas que morreram neste período e que não puderam usufruir por mais uma hora de vida.

Sem mais....

Um forte abraço

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Redação nota 10 - ESCS

Tema: Não importa aonde você vá, lá há uma arma.

A população mundial soma mais de 6 bilhões de pessoas, diferentes entre si, mas com uma coisa em comum, o comportamento humano. O ser humano tem a necessidade de aceitação, de auto-afirmação, intrínseca nele. Ele necessita fazer parte de um grupo para conseguir viver. Até dentro da sociedade, formam-se inúmeras gangues com indivíduos com características similares. E para se fazer parte destas gangues é necessário agir do modo que eles agem, se vestir do modo deles, ter um comportamento semelhante. Mas, mais que aceitação, o ser humano busca poder. Poder é a palavra-chave, o homem anseia dominar os outros. Além disso, ter poder significa ser respeitado. E não há mais nada no mundo que dê para alguém mais respeito do que uma arma em punho.

A arma age de duas formas, na pessoa que a empunha, o sentimento é de total poder, coragem, destreza, respeito, ela se torna senhora da situação, vendo todos os outros como reles súditos. Na pessoa para qual a arma está apontada, o sentimento é de terror, impotência, vergonha, obediência. Logo, o simples fato de empunhar uma arma de fogo pode transformar um "Zé Ninguém" em "Deus". Esse é o fascínio do ser humano, ser semelhante a Deus. E ninguém sabe explorar esse fascínio tão bem quanto a indústria bélica.

A arte de se fazer uma arma é um dos negócios mais rentáveis do mundo. Nenhum outro negócio fatura tanto e por tão longo tempo. Desde o princípio do ser humano ela está presente, seja para auxiliá-lo na sua caçada por alimento ou na destruição de outra vida em prol de seu auto-benefício. Sempre existe uma guerra explodindo em algum lugar do planeta, seja ela por motivos justos ou não, o fato é que sempre a indústria bélica está por trás, influenciando, incitando, apoiando ambos os lados. Pois, quando termina a guerra, somente um lado sai vitorioso, o todo poderoso fornecedor de armas.

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Até agora não entendi de onde eles viram 10 nessa redação. Mas Obrigadooooo! =]

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Eu sei, mas não devia

Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.

A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.

A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar o café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.

A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E, aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E, aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E, não acreditando nas negociações de paz, aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração.

A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.

A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagar mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.

A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. A abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.

A gente se acostuma à poluição. Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À lenta morte dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta.

A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.

A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma.

Marina Colasanti

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Para se roubar um coração

"Para se roubar um coração, é preciso que seja com muita habilidade, tem que ser vagarosamente, disfarçadamente, não se chega com ímpeto, não se alcança o coração de alguém com pressa.
Tem que se aproximar com meias palavras, suavemente, apoderar-se dele aos poucos, com cuidado.
Nâo se pode deixar que percebam que ele será roubado, na verdade, teremos que furtá-lo, docemente.
Conquistar um coração de verdade dá trabalho, requer paciência, é como se fosse tecer uma colcha de retalhos, aplicar uma renda em um vestido, tratar de um jardim, cuidar de uma criança.
É necessário que seja com destreza, com vontade, com encanto, carinho e sinceridade.
Para se conquistar um coração definitivamente tem que ter garra e esperteza, mas não falo dessa esperteza que todos conhecem, falo da esperteza de sentimentos, dquela que existe guardada na alma em todos os momentos.
Quando se deseja realmente conquistar um coração, é preciso que antes já tenhamos conseguido conquistar o nosso, é preciso que ele já tenha sido explorado nos mínimos detalhes, que já se tenha conseguido conhecer cada cantinho, entender cada espaço preenchido e aceitar cada espaço vago.
... E então, quando finalmente esse coração for conquistado, quando tivermos nos apoderado dele, vai existir uma parte de alguém que seguirá conosco.
Uma metade de alguém que será guiada por nós e o nosso coração passará a bater por conta desse outro coração.
Eles sofrerão altos e baixos sim, mas com certeza haverá instantes, milhares de instantes de alegria.
Baterá descompassado muitas vezes e sabe por que?
Faltará a metade dele que ainda não está junto de nós.
Até que um dia, cansado de estar dividido ao meio, esse coração chamará a sua outra parte e alguém por vontade própria, sem que precisemos roubá-la ou furtá-la nos entregará a metade que faltava.
... e é assim que se rouba um coração, fácil não?
Pois é, nós só precisaremos roubar uma metade, a outra virá na nossa mão e ficará detectado um roubo então!
E é só por isso que encontramos tantas pessoas pela vida a fora que dizem que nunca mais conseguiram amar alguém... é simples... é porque elas não possuem mais coração, eles foram roubados, arrancados do seu peito, e somente com um grande amor ela terá um novo coração, afinal de contas, corações são para serem divididos, e com certeza esse grande amor repartirá o dele com você"
Luís Fernando Veríssimo